A INTENSIDADE DA DOR NAS DISFUNÇÕES TEMPOROMANDIBULARES E A CORRELAÇÃO COM FATORES PSICOSSOCIAIS

Natália Leal Vio

Resumo


As disfunções temporomandibulares (DTMs) correspondem a alterações funcionais nos músculos da mastigação, na junção temporomandibular e estruturas adjacentes provocando sintomas variados. Seu diagnóstico e tratamento são difíceis e complexos pela etiologia ser multifatorial, entretanto, pesquisas enfatizam fatores psicológicos como predisponentes e perpetuantes das DTMs.  Já a dor, queixa frequente nas DTMs, é definida como experiência de caráter subjetivo, associada ou não a dano real de tecidos. Diante disso, o objetivo desse trabalho foi comparar o nível de dor autorrelatado (Escala de 0 a 10 – nenhuma dor até dor extremamente intensa) com os resultados das Escalas Beck de depressão (BDI) e ansiedade (BAI) e o Inventário de Estresse de Lipp. O estudo foi desenvolvido por meio da pesquisa dos prontuários clínicos psicológicos (n=40) de pacientes diagnosticados com DTMs que passaram por avaliação psicológica no Promovi (Centro da Promoção da Qualidade de Vida). 83% dos avaliados sentiam dor em alguma intensidade, sendo que 53% definiram sua dor como igual ou maior que 6 e desses, 56% apresentaram pontuações relevantes nos testes psicológicos, dentre elas 57% de estresse e 55% depressão ou ansiedade. 28% dos que não sentiam dor, também obtiveram pontuação relevante nos testes psicológicos para sintomas de ansiedade e depressão, sendo que 33% se enquadraram nos sintomas para alguma das fases do estresse. A amostra sugere relação entre a intensidade da dor nas DTMs e aspectos psicológicos como ansiedade, depressão e, de forma mais expressiva, o estresse.

Texto completo: PDF

Apontamentos

  • Não há apontamentos.


Visite também o site da FIC - www.ficms.com.br