AVALIAÇÃO DA TOXICIDADE DA HIMATANTHUS SUCUUBA EM ARTEMIAS SALINAS

Jéssica Moreira Fernandes

Resumo


Comumente utilizada na medicina popular brasileira como antineoplásica, vermífuga, antifúngica, anti-inflamatório, antiflogística, antimicrobiana e analgésica; e sendo a mais citada pela população como planta medicinal no Pará (ALVINO et al., 2005), pouco se conhece sobre a toxicidade da Himatanthus sucuuba (MIRANDA et al., 2000; BOLZANI et al, 1998). Conhecida como Janaúba, Janaguba ou Sucuuba, sua indiscriminada utilização pela população, aliada aos poucos estudos sobre os parâmetros toxicológicos, trazem à tona a importância da pesquisa, uma vez que esta contribui para a elucidação dos efeitos tóxicos e sua segurança de uso (MOURA, 2016). Este trabalho tem por objetivo avaliar os níveis de toxicidade do látex da planta Himatanthus sucuuba em Artemias Salinas, verificando a influência das quantidades do extrato vegetal e suas consequências ao organismo através das variáveis de vida ou morte (MEYER et al., 1982). Para isto, foram utilizados 108 microcrustáceos separados em 6 grupos. Cada grupo foi tratado com diferentes doses do extrato hidroalcóolico. A análise de intoxicação dos náuplios de Artemia Salina foi realizada a partir da contagem das larvas vivas sob exposição à solução com extrato após 24h, 48h e 72h. A concentração 1 foi a dose letal em 48h, para substâncias que apresentam uma DL50 < 103 mg/L, todos os grupos tinham 8 indivíduos, sendo verificado que nos grupos com as maiores concentrações do extrato ocorreram mais mortes e conforme o aumento do tempo (h) e diminuição da concentração de extrato, verifica-se que os organismos se mantiveram vivos, mostrando que a substância não é tão tóxica nos grupos 5 e 6. Por esse motivo corrobora a observação da baixa toxicidade de H. sucuuba sobre A. salina e o fato desta planta ser comumente utilizada em diversos tratamentos (WOOD et al., 2001). Conclui-se que há um baixo nível de toxicidade da Himatanthus Sucuuba, diante dos resultados obtidos e da importância que tais resultados se associam. No entanto, outros estudos se fazem necessários para a confirmação desta hipótese e determinação de doses seguras para o uso da planta.


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