CORRELAÇÃO ENTRE FATORES ASSOCIADOS À TRISTEZA, RUMINAÇÃO E AUTOESTIMA EM ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS

Flávia Cristina Santiago de Oliveira

Resumo


A tristeza, mediada por estruturas do sistema límbico, possibilita reflexão com mais precisão sobre situações que possuem significado para o sujeito. Dentre seus desencadeadores, alguns estudos mostram que os de maior frequência são problemas em relacionamentos, doenças, falta de reconhecimento e valorização, etc. Assim, o objetivo foi analisar correlações entre o item falta de reconhecimento em questionário sobre emoção de tristeza, nível de autoestima e de ruminação. A amostra obteve 54 universitários (51,9% sexo feminino e 48,1% sexo masculino) com média de 19,9 anos (DP=2.6) avaliados a partir do Questionário de Ruminação em Tristeza, Escala de Autoestima de Rosemberg, e questões elaboradas pelos pesquisadores sobre situações desencadeadoras de tristeza. Os resultados mostraram correlação negativa entre autoestima e o item falta de reconhecimento (rs = -0,52; p < 0,0001), correlação positiva entre falta de reconhecimento e ruminação em tristeza (rs = 0,54; p < 0,0001), e correlação negativa entre autoestima e ruminação (rs = -0,66; p < 0,0001). Ambos os sexos apresentaram média de 35 pontos (alto índice) de autoestima e não houve diferença entre os sexos no nível de ruminação (U = 327,50; p = 0,52) e sensação de desvalorização/falta de reconhecimento (U = 267,50; p = 0,09). Observa-se que a autoestima é importante para a saúde mental, pois em emoções como a tristeza normalmente a autoestima encontra-se rebaixada, o que aumenta chance de ruminação caracterizada por pensamentos repetitivos e negativos, dificultando a capacidade de enfrentamento do sujeito.


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