PRIMEIRO MOLAR PERMANENTE COM ERUPÇÃO ECTÓPICA – RELATO DE CASO CLÍNICO

Resumo

A erupção ectópica do primeiro molar permanente caracteriza-se por um desvio do padrão normal de erupção podendo causar uma reabsorção atípica no molar decíduo. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado evitam problemas no desenvolvimento normal da oclusão, como perda precoce do segundo molar decíduo, mesialização do primeiro molar permanente, falta de espaço para a erupção correta dos pré-molares permanentes. O objetivo é relatar um caso clínico de erupção ectópica do primeiro molar permanente e demonstrar, através de relato de caso, a eficácia do desgaste na distal do segundo molar decíduo para completa erupção do primeiro molar permanente.  Paciente J.G.M, gênero masculino, 8 anos de idade, procurou tratamento odontológico na Faculdade de Odontologia de Araçatuba FOA-UNESP devido à erupção parcial do dente 26, diferentemente ao seu homologo 16 o qual encontrava-se em total oclusão. Em análise clínica intrabucal das arcadas, observou-se início de dentadura mista e mordida aberta anterior. No exame radiográfico observou-se mesialização do primeiro molar permanente impedindo sua total erupção. O tratamento realizado foi desgaste na distal do segundo molar decíduo (65) com auxílio de uma broca tronco cônica diamantada. Conclui-se que a opção pelo desgaste na distal do segundo molar decíduo foi uma opção que manteve o dente decíduo na cavidade bucal, contribuindo para o desenvolvimento da dentição e oclusão, visto que os segundos molares decíduos são guias de erupção dos primeiros molares permanentes e pré-molares.