Estudo retrospectivo epidemiologia do trauma maxilofacial em pacientes pediátricos na região de Araçatuba

CAROLINE CHEPERNATE VIEIRA DOS SANTOS

Resumo


O objetivo desse trabalho foi realizar um levantamento retrospectivo de vinte anos dos pacientes atendidos no Serviço de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial (CTBMF) da Faculdade de Odontologia de Araçatuba – UNESP e com isso verificar incidência, etiologia, gênero e faixa etária de crianças que sofreram algum tipo de fratura na região bucomaxilofacial. Para tanto, foi realizado um levantamento de prontuários, os quais deveriam estar dentro dos critérios de elegibilidade adotados pelo estudo e assim foram obtidos dados de pacientes com idade entre 0 e 12 anos, aprovados pelo CEP nº 2006-32. Dos 312 prontuários analisados, em 263 (84%) foi registrada a presença de alguma fratura facial. O teste Qui-quadrado foi usado para comparação entre grupos e a correlação de Pearson para verificar associação entre variáveis. Foi encontrado que a maior incidência de fraturas em meninos (64%), onde a faixa dos 6 anos de idade foi a mais atingida, com 32 casos (12,2%). A principal origem dos traumas foi relacionada com eventos de alto impacto, como os acidentes de trânsito, o que causou a prevalência das fraturas no terço médio da face. Outro dado que encontramos nesse estudo foram os números de agressões físicas que levaram ao trauma de face, com 39 casos (13,5%), em que as maiores vítimas foram as meninas, apresentando 21 casos. Conclui-se que apesar de constituir uma pequena parte da população vítima de trauma facial, houve um elevado número de ocorrências, dentre os pacientes avaliados e os dados apresentados sobre a violência contra a criança devem ser interpretados com atenção.


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